Credenciamento com critério: a real barreira contra glosas e perdas silenciosas
Por: Severino Benner, Fundador e CEO da NexoRede
Há um ponto em comum em quase todas as conversas que tenho com líderes de operadoras de saúde: o impacto das glosas e o desgaste que elas provocam na relação com a rede prestadora. Mas o que me surpreende é como, mesmo reconhecendo esse impacto, ainda tratamos o credenciamento como uma etapa burocrática e não como o que ele realmente é — o primeiro grande ato de inteligência na gestão assistencial.
Glosas, retrabalho e processos administrativos ineficientes são, em boa parte, sintomas de uma entrada mal construída. É como montar uma operação complexa sem alinhar direito os participantes do jogo. E, na saúde, essa falha custa caro — em tempo, em dinheiro, e, sobretudo, em confiança.
A origem do problema não está no fim da cadeia. Está no início.
Credenciar com pressa ou com base apenas em disponibilidade é como contratar sem checar o currículo. A diferença é que, na saúde, essa escolha errada pode impactar milhares de vidas.
Por isso, defendo que o credenciamento precisa ser resgatado como um processo estratégico. Não é sobre fechar uma lista de nomes. É sobre formar uma rede sólida, segura e sustentável.
E como se faz isso?
- Analisando o perfil técnico e o histórico real do prestador: Mais do que habilitação legal, é preciso entender o comportamento clínico, a aderência aos protocolos, a cultura de cuidado.
- Verificando antecipadamente documentos, certificações e prazos de validade: O que não é confiável no papel, dificilmente será na prática. E evitar retrabalho começa com controle.
- Alinhando claramente escopo, volume e critérios de atendimento desde o início: A maioria dos conflitos entre operadora e prestador nasce daquilo que não foi dito — ou foi mal-entendido — no início da relação.
- Avaliando a compatibilidade entre o prestador e os fluxos clínicos da operadora: Nem sempre o prestador “bom” é o prestador “certo”. Ele precisa se encaixar na proposta assistencial da operadora.
- Monitorando continuamente performance, conformidade e atualizações
Credenciar é o início. A excelência vem da constância.
É com esse olhar que precisamos criar uma rede credenciada, ou seja, é necessário redesenhar a lógica e trazer rastreabilidade e inteligência para uma etapa que, por muito tempo, foi tratada apenas como “mais uma obrigação regulatória”.
Mas quem lidera saúde sabe: não se constrói um sistema sustentável com decisões operacionais. É preciso visão estratégica. E isso começa com quem você escolhe para estar na sua rede.
Na NexoRede, ajudamos empresas a construir esta jornada e reduzir custos ocultos de uma vez por todas. Deixo aqui o link para que conheçam esse trabalho, que, hoje já uma verdadeira revolução no credenciamento: https://nexorede.com.br/